A Qualidade dos selos postais Brasileiros


A Qualidade dos selos postais Brasileiros

Para atribuir um valor a um selo postal é necessário ter um profundo conhecimento de cada emissão postal. Poucos são aqueles que conhecem este assunto em profundidade.

Ao longo do tempo a técnica de impressão e separação dos selos postais mudou e consequentemente o exame da qualidade.

A primeira emissão postal brasileira, por exemplo, foi impressa em diversas chapas, simples e compostas. Empregaram-se quatro tipos de papel e o espaço entre os selos era relativamente grande. Por isso exigem-se nos Olhos de Boi margens de 1,5 milímetros.

S30156 por R$ 190 - Um exemplar pobre, sem margens. Um osso.

S30133 por R$ 13.000 - Um show de exemplar. Difícil será repor este selo no site.

S60331 por R$ 160 - Um sobrevivente, coitado. Quem quer?

S60509 por R$ 7.500 - Além das margens grandes ainda pega a linha inferior do panô. Um semi-xifópago assim talvez nunca mais!

S90162 por R$ 750 - Margens inexistentes, trombado mas ainda assim é um 90 e vale algo.

S90155 por R$ 6.000. Se um normal vale 4.5 neste não dá nem para pedir um desconto. Um show de exemplar com margem. Ele já recebeu diversas ofertas, todas negadas. Tem que ser 6 mesmo.

Os selos eram separados com tesoura e obviamente a área do selo final afeta o seu valor.

Em cada folha temos apenas quatro cantos. Estes exemplares, em bom estado, são mais raros.

Nas emissões postais posteriores (Inclinados, Verticais e Coloridos), onde a tesoura ainda era utilizada, o espaço entre selos diminui, deixando um selo com quatro margens muito mais raro.

S31132 - Existem exemplares piores, mas este já é bem fraco mesmo.

S31066 - Ele é inteiro mas ainda está com inveja do selo abaixo.

S40002- Um exemplar assim só é possível em uma posição na folha. Nunca vi um 10 réis carimbado melhor.

Interessante notar que dentro de uma mesma série, nos Verticais, por exemplo, um selo com boas margens pode ser mais fácil ou mais difícil de conseguir. Um 180 réis com boas margens é mais fácil de conseguir que um 20 réis.

O responsável por atribuir um valor ao selo a ser vendido deve conhecer os maiores blocos existentes, as grandes peças para saber se temos um exemplar excepcional, normal ou pobre.

Da esquerda para a direita a situação melhores e claro o valor aumenta.

No final não existe milagre. Querendo algo melhor....paga-se.

Quando entramos na emissão a American Bank Note de New York tudo muda. A denteação é relativamente boa, mas a centralização do selo não é perfeita. Selos bem centrados são mais difíceis de encontrar.

A descentralização da imagem, num certo ponto, pode ser enorme e neste caso temos uma peça “curiosa” que chega a valer mais que um selo normal. Quando o selo pega uma parte do selo vizinho ele passa a figurar em outro “ranking”.

Após os selos da ABN temos a emissão da Casa da Moeda. Neste caso entra o fator cor. Selos com cores nítidas (nº.s 64 e 65, por exemplo), que forma propositalmente com tinta delével, são mais escassos. Selos bem centrados, com cores vivas das emissões da Casa da Moeda são raros.

S25145 por R$ 60

S20176 por R$ 180 - Sou mais charmoso

Na República então, a coisa fica ainda mais difícil. Selos Cruzeiros sem afinamentos e cores nítidas são difíceis e esta história continua até os selos modernos. Há selos de 1990 em diante que ficam oxidados com facilidade (o selo da Xuxa, por exemplo) e tornam-se raros exemplares impecáveis.

Por isso escolha bem onde comprar, qual garantia irá ser dada e quem será o seu parceiro comercial. Dizem que quem dorme com cachorros acorda com pulgas.

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