CATÁLOGOS MUNDIAIS


CATÁLOGOS MUNDIAIS

Existem algumas empresas que produzem catálogos de selos para todos os selos do Mundo. As principais empresas são:

Yvert & Tellier – França.

Michel – Alemanha.

Scott – Estados Unidos da América do Norte.

Stanley Gibbons – Grã-Bretanha.

Atualmente um catálogo completo tem entre 4 e 9 volumes. São milhares de informações e como não poderia deixar de ser, centenas de erros. Erros diversos. Isso é desculpável, pois o RHM que já está na 56ª edição e só abrange o Brasil também contém inúmeros erros.

Chamam a nossa atenção, entretanto, as imagens dos selos do Brasil. Em alguns casos os catálogos internacionais apresentam até imagens de selos falsos. Veja a seguir uma página onde o 280 réis de 1861 é um selo falso.

Página de um catálogo com o 280 réis falso.

Sem que nenhuma destas empresas me solicitasse enviei as imagens dos selos do Brasil num CD e parece que isso até a presente data não foi utilizado.

Página de outro catálogo onde mal conseguimos ver os selos.

Convidado por uma destas empresas a modificar a classificação cheguei a solicitar que os textos fossem enviados em “Word” para facilitar o meu trabalho. Pedi também que fosse possível corrigir os erros graves existentes.

Como isso foi negado deixei de ajudá-los. Fazíamos isso na década de 80, mas atualmente não interferimos na produção, revisão, etc. de nenhuma marca acima citada.

Pena, pois eles deixam de prestar um grande serviço para a filatelia mundial.

Um destes catálogos chega a apresentar a cotação dos 30 réis Olho de Boi isolado sobrecarta, classificando-os pelo tipo de papel. Eu não conheço sequer uma única peça autêntica com este selo isolado. Imagine classificar isso por tipo de papel!

As imagens apresentadas são (em alguns casos) péssimas. Para eles tanto faz. O Brasil é mesmo um GIGANTE DESCONHECIDO.

Cheguei a ouvir de um filatelista europeu que tanto faz saber algo do Brasil, pois ele é mesmo o (não posso repetir) do mundo. Eu respondi que comparando o mundo a um ser humano, nós brasileiros iremos fechar o (não posso repetir) do mundo para ver se o resto sobrevive.

Certa vez comprei uma peça na Europa com um certificado. A peça era fantástica. Era uma sobrecarta do Pará enviada para Londres com destino final em Paris. A cidade luz estava cercada e a correspondência esperou 4 meses para chegar ao destino. Havia então um carimbo de chegada no verso.

No certificado estava escrito (em outro idioma) – Sobrecarta do Para/Paraguai etc. Eu disse ao perito que o Pará fica no norte do Brasil e que o Paraguai é um país visinho. Ele respondeu... Tanto faz, vai ficar assim. É tudo a mesma (não posso dizer). Ele achava que eu era de outra nacionalidade!

Este é apenas um pequeno exemplo de como os peritos do exterior nos vêem e por isso não dou muito valor à opinião deles. Não sabem sequer onde estamos e nem que língua falamos.

Uma pessoa muito querida minha, infelizmente já em outra dimensão, diria: SANTA IGNORÂNCIA.

A ignorância é de fato um dos maiores flagelos da humanidade. A filatelia ajuda a diminuí-la. Faça do seu filho ou neto um filatelista. Ele vai agradecer depois.

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