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A MAIOR CONQUISTA DA DIPLOMACIA BRASILEIRA


A MAIOR CONQUISTA DA DIPLOMACIA BRASILEIRA

Realizada por dois grandes brasileiros de nossa história:

O Presidente Rodrigues Alves e o Ministro o Barão do Rio Branco

Você sabia que 33% do atual Território Brasileiro foi conquistado pela ação do Diplomata Barão do Rio Branco e que no ano de sua morte não houve carnaval no Rio de Janeiro?

 

 

Barão do Rio Branco no selo do Brasil - RHM 147

 

 

 

 

Ex-Presidente Rodrigues Alves no selo RHM 145

 

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

O PRIMEIRO MAPA DO BRASIL COM O ACRE

O Acre possui 153.697 quilômetros quadrados de superfície.

Localizado na região Norte, o estado limita-se com o Amazonas (ao norte), com Rondônia (a leste), Bolívia (leste e sul) e Peru (sul e oeste). Principais municípios: Rio Branco (capital), Cruzeiro do Sul e Tarauaca. 

O TERMO ACRE

O termo acre (ou a’quiri) designa, inicialmente, um rio da região acreana e parece derivar do vocábulo tupi a’kir ü, isto é, rio verde. Ele surge grafado pela primeira vez, ao que tudo indica, em uma correspondência enviada da foz do rio Purus pelo viajante João Gabriel Carvalho de Melo, em 1878. 

O INÍCIO

As primeiras correntes migratórias se dirigem para os vales do Purus e do Tamauacá, no rastro da descoberta da borracha no século XIX, pelo homem branco.

A presença de brasileiros na região - que, conforme estipulavam os tratados de Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777), integrava a Bolívia atual - implicou a elaboração de um outro acordo, entre o Brasil e a Bolívia. Foi o Tratado de Ayacucho de 1867 que fixou a fronteira entre os dois países pela confluência dos rios Beni-Mamoré, no rumo do Leste - uma linha de demarcação ainda pouco definida.  

AS SECAS

A grande seca de 1877/79 no Nordeste provoca a fuga sucessiva de nordestinos, principalmente cearenses, para o Acre, em busca de terras para plantar.

Já em 1890 após a nova seca de 1888-1889, portanto, extensas faixas do território acreano são ocupadas por imigrantes brasileiros, burlando o Tratado de Ayacucho.

O Surgimento da Questão do Acre

Em 1895 foi nomeada uma Comissão Demarcatória encarregada de definir os limites entre Brasil e Bolívia de acordo com o estabelecido no Tratado de Ayacucho de 1867.

O Chefe da delegação Brasileira, o Cel. Thaumaturgo de Azevedo, constatou que ratificando o Tratado existente o Brasil perderia vasta região rica em látex. 

Na época o Ministro brasileiro não aceitou os argumentos do Cel. Thaumaturgo, que pediu demissão e na imprensa mobilizou a opinião nacional. O novo Comissário capitão-tenente Cunha Gomes obedeceu a Chancelaria e aceitou os termos do velho tratado. 

A LONGA GUERRA ACREANA

A primeira Expedição Boliviana

O governo boliviano enviou para o Alto Acre uma expedição militar de 30 praças, comandada pelo Major Benigno Gamarra.

Com inúmeras dificuldades (fome, etc) em setembro de 1898 a expedição conseguiu chegar à vila de Xapuri, onde anunciou que fundaria uma Delegação Nacional.

Insatisfeitos, alguns brasileiros, tendo à frente o Coronel da Guarda Nacional Manuel Felício Maciel, intimaram aos bolivianos que se retirassem imediatamente dali, o que acabou ocorrendo no dia 30 de novembro de 1898. 

OS CEM DIAS DE PARAVICINI

Em 02 de janeiro de 1899 chegou ao Acre, por via fluvial, com a concordância do governo brasileiro, o ministro Plenipotenciário Boliviano Dom José Paravicini que efetivamente instalou uma aduana e um povoado denominado Puerto Alonso, em terras do Seringal Caquetá, pouco acima da famosa Linha Cunha Gomes.

Paravicini baixou sucessivos decretos, dentre os quais, o polêmico ato de abertura dos rios amazônicos ao comércio internacional, que feria profundamente a soberania brasileira. Arrecadou grandes somas com os impostos sobre a borracha, exigiu a imediata demarcação dos seringais e a regularização das propriedades, até então registradas no Estado do Amazonas, causando temor aos habitantes dos altos rios acreanos.
A revolta começava a tomar corpo entre seringueiros brasileiros que não se conformavam em ter que obedecer a autoridades estrangeiras, enquanto multiplicavam-se as denúncias de violências cometidas contra brasileiros que se sentiam cada vez mais ameaçados em seus direitos. Com a partida do ministro boliviano para Belém, depois dos chamados “Cem dias de Paravicini”, os acreanos decidiram se unir para lutar contra a dominação boliviana. 

INSURREIÇÃO ACREANA-JUNTA REVOLUCIONÁRIA

Em 1º de maio de 1899 seringalistas reunidos no Seringal Bom Destino, de Joaquim Vitor, sob a liderança do jornalista José Carvalho decidiram que era chegada a hora de expulsar o delegado boliviano, Moisés Santivanez, que havia substituído Paravicini no comando de Puerto Alonso.

Intimadas, as autoridades bolivianas não resistiram ao movimento revolucionário e partiram para Manaus. Mesmo sem o disparo de um tiro, estava iniciada oficialmente a Revolução Acreana com a assinatura de um manifesto por mais de 60 proprietários de seringais.

Para dar direção ao movimento foi estabelecida uma Junta Central Revolucionária.

Pouco tempo depois, José Carvalho retornou para Manaus doente de impaludismo. 

O IMPERADOR DO ACRE-Estado Independente do Acre

Luis Galvez, então repórter em Belém, descobriu e denunciou nos jornais paraenses (03/06/1899) a existência de um acordo secreto estabelecido preliminarmente entre diplomatas da Bolívia e dos Estados Unidos da América, que formalizava uma aliança entre os dois países. Em caso de guerra entre o Brasil e a Bolívia pelo domínio do Acre, os Estados Unidos apoiaria militarmente a Bolívia.

Isso chocou a opinião publica brasileira, apesar das autoridades bolivianas e norte-americanas negarem estas denúncias.

Com patrocínio do Governo do Amazonas, Galvez viajou ao Acre e com os seringalistas funda o Estado Independente do Acre, já que o governo brasileiro continuava reconhecendo os direitos bolivianos sobre o Acre.
Em 14 de julho de 1899 (aniversário da Queda da Bastilha), foi criado o Estado Independente do Acre, com capital na Cidade do Acre (como passou a ser chamada Puerto Alonso) e Luis Galvez foi escolhido, por aclamação, como Presidente do novo país.

O SELO DO ACRE

Logo Galvez organizou internamente o Acre e expediu inúmeras correspondências para diversos países da Europa e da América para obter o reconhecimento internacional do novo país.
Galvez organizou o novo país em diversos aspectos: saúde, educação, forças armadas, legislação, etc. Parte destas leis, avançadas para a época, prejudicavam interesses de alguns seringalistas.

O Imperador do Acre – Estado Independente do Acre

A oposição, liderada pelo seringalista Antônio de Souza Braga, depôs Galvez no dia 28 de dezembro de 1899, tornando-se o novo Presidente do Acre.

Incompetente, Braga chamou de volta Galvez, que assumiu novamente a Presidência no dia 30 de janeiro de 1900.
O governo federal mandou para o Acre uma força tarefa da marinha brasileira para destituir Galvez e devolver o Acre ao domínio boliviano.

Isto aconteceu, sem resistência, no dia 15 de março de 1900. 

Interferência estrangeira – boatos tornam-se realidade
Em 11 de julho de 1901 a Bolívia assina um contrato de arrendamento do Acre com um sindicato formado por capitalistas norte-americanos e ingleses, liderados por Whitridge.

Logo depois chegou ao Acre D.Lino Romero, autoridade boliviana encarregada de preparar o Acre para o sindicato, que seria instalado em 2 de abril de 1902.

Após esta enorme BOMBA, ameaça concreta à soberania brasileira sobre a Amazônia, o governo começa a tomar ciência, mas sem eficiência.

O Governo Campos Sales (1898/1902) não quis envolver-se na questão do Acre, pois tinha outras prioridades (Funding Loan).

Ficou a cargo do Governo do Amazonas patrocinar a REVOLUÇÃO ACREANA! 

A REVOLUÇÃO ACREANA

Para o comando desta revolução foi chamado o gaúcho José Plácido de Castro (1873-1908), um agrimensor estabelecido há alguns anos na região.

SELO RHM C-2478 DE 2002 COM PLÁCIDO DE CASTRO

Com alguns seringalistas começou a luta no dia 6 de agosto de 1902, em Xapuri.

Em 24 de janeiro de 1903, esses grupos, com apoio logístico do Estado brasileiro, ocupam Puerto Alonso (depois Porto Acre) e proclamam, uma vez mais, o Estado Independente do Acre, obrigando as forças bolivianas à capitulação.

O conflito é mais sério, já que o controle da situação pertence ao Estado brasileiro e não a um aventureiro qualquer.  

Dois grandes Brasileiros e a anexação do ACRE

RASCUNHO COM AS CONTAS PARA SABER SE VALIA A PENA GASTAR O DINHEIRO NA COMPRA DO ATUAL ESTADO DO ACRE

Em 1902 assume a Presidência da República, Rodrigues Alves.

Escolhe para ser Ministro das Relações Exteriores, o Barão do Rio Branco.

É esta parte de nossa História que você verá em detalhes nas PEÇAS ORIGINAIS, INÉDITAS e ÚNICAS, sem a interferência de historiadores, pesquisadores e contadores de estórias. 

Trata-se do maior acervo relacionado à conquista diplomática (e não diplomática) de um estado brasileiro, situado no coração da Amazônia, desejada internacionalmente nos dias de hoje. Devemos esta parte do Brasil aos precursores anônimos, fugidos da seca, ao Galvez, Plácido de Castro e finalmente ao Presidente Rodrigues Alves e seu Ministro, o Barão do Rio Branco. 

2003 - CENTENÁRIO DA ANEXAÇÃO DO ACRE AO BRASIL

No ano de 2003, o ACRE comemorou o centenário de anexação ao Território Brasileiro.

Tratado de Petrópolis

Foi assinado no dia 17 de novembro de 1903 e com ele o ACRE passou definitivamente a pertencer ao Brasil.

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