AS CARTAS-BILHETE

AS CARTAS-BILHETE

Criadas em 1883 as cartas-bilhete tiveram aceitação imediata pelo público em geral ao contrário dos Bilhetes Postais emitidos 3 anos antes.

O Brasil foi o segundo país a emitir os Bilhetes Postais, após a Bélgica.

Podemos dizer que os chamados BP’s são os precursores dos AEROGRAMAS atualmente disponíveis nos Correios.

Estas fórmulas atendiam ao SIGILO postal e foram mais tarde empregadas no serviço Pneumático do Rio de Janeiro.

Criadas pelo Aviso nº. 28 de 13 de fevereiro de 1883 pelo “Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas”, cujo título é:

“Adopta provisóriamente neste Império a carte-lettre estabelecida pelo Governo da Bélgica”. Em 1882 a Bélgica foi o primeiro país a empregar este tipo de Inteiro Postal.

As cartas-bilhete apresentam nas suas laterais denteações que podem ser de três tipos (com relação à sua geometria). Ver imagens a seguir destes três tipos.

Deve-se empregar um “odontômetro” e uma régua para classificar as cartas-bilhetes nacionais.

O “odontômetro” é o mesmo empregado nos selos postais. Ou seja, uma régua comparativa de furos. A denteação 11, por exemplo, significa que temos 11 furos em cada 2 cm da peça, ou seja, a DENTEAÇÃO significa o número de FUROS em 2 centímetros da peça.

No Brasil temos denteações que variam de 5,5 até 14. Os “odontômetros” disponíveis no mercado não registram denteações 5,5; 6 ou 6,5. Deve-se utilizar 11 para medir 5,5, 12 para 6 e assim por diante (pulando um furo).

A coleção de Cartas-Bilhete do Brasil segue a numeração do Catálogo de Selos do Brasil e pode ser bem divertido ler o conteúdo de algumas peças.

Na peça E9174 temos uma CB-11 onde o remetente anônimo escreve:

“Sabendo que VSa foi hoje avisado de hir a manhã a policia acho bom vc ocultar-se, etc. 1885. Carta de um amigo.”

Pode-se colecionar as CB’s novas ou circuladas. As circuladas geralmente não apresentam a borda, destacada para ler o conteúdo. Existem, entretanto, peças circuladas com a borda intacta (mais raras) e com selos adicionais.