CARIMBOS ESTRANGEIROS SOBRE SELOS BRASILEIROS!
Como um carimbo estrangeiro pode aparecer sobre um selo brasileiro?
Uma questão difícil de responder e por essa razão existem diversas opiniões.
Até 1876 (Tratado de Berna) os países mantinham “CONVENÇÕES POSTAIS” bilaterais. Representantes de dois países realizavam acordos para a troca de correspondências, pacotes e tratados de amizade. Em alguns casos era possível deixar o pagamento da tarifa para o destinatário e era facultativo o pagamento antecipado.
É justamente neste caso que surge a proposta mais plausível de surgimento do carimbo estrangeiro sobre selos do Brasil.
Imagine que uma sobrecarta durante a triagem fosse selada na parte de trás (como fecho da sobrecarta).
A triagem realizada pelo funcionário olhando apenas a parte frontal iria colocar as cartas com selos no verso na pilha de cartas a serem pagas pelo destinatário.
Assim sendo, ao chegar ao destino, o destinatário deveria pagar por uma mensagem já paga e olhando no verso iria dizer: Mas já foi pago. Neste caso o funcionário do país de origem (ou mesmo no trânsito) iria utilizar o carimbo disponível (um carimbo estrangeiro).
Temos nestes casos um carimbo estrangeiro sobre selos do Brasil.
ALGUNS SÃO MUITO RAROS
CARIMBO RUSSO!!!
Outra possibilidade, bastante plausível também, é a obliteração casual. O agente no destino carimbou o selo já carimbado com um carimbo local.
Exemplo de uma carta onde o 80 réis Dom Pedro II, percé recebeu um carimbo de Boston, mesmo já tendo sido obliterado no Brasil.
Seja como for os CARIMBOS ESTRANGEIROS sobre selos do Brasil Império e dos primeiros anos da República são raros e bastante desejados por filatelistas mais experientes.
MAIS ALGUNS EXEMPLOS INTERESSANTES (466 = LIVERPOOL)
Um fragmento com 466 sobre par 1.000 réis Dom Pedro II, barba branca.
Envelope para Paris com passagem em Liverpool (466).
E ATÉ CARTA-BILHETE
A coleção Henry Borden dedicou um capítulo inteiro aos carimbos estrangeiros sobre selos do Brasil.
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