DIA 27 DE SETEMBRO – CENTENÁRIO DA GUERRA DOS CANUDOS
Este conflito armado, ocorrido entre 1896 e 1897, que envolveu a comunidade liderada por Antônio Conselheiro e o Exército Brasileiro, em Canudos no interior da Bahia. Morreram cerca de 25.000 pessoas, a maioria habitantes da região.
Fazendeiros e a Igreja iniciaram um movimento alegando que Canudos desejava a restauração da Monarquia e que esta iria atacar cidades vizinhas. O Exército foi enviado por três ocasiões e foi derrotado. A opinião pública ficou apavorada e o Governo enviou uma quarta expedição que destruiu o Arraial, degolou prisioneiros (gravata vermelha) e provocou o incêndio de todas as casas.
O corpo de Antônio Conselheiro, falecido em 22 de setembro de 1897, foi exumado e a sua cabeça foi cortado a faca. Foi um dos maiores massacres registrados no Brasil, envolvendo cerca de 12.000 soldados nas 4 expedições, com baixas calculadas em 5.200 membros do exército.
Durante a campanha o exército ficou instalado no chamado morro das favelas em Canudos (atual Monte Santo), por conta da grande quantidade de plantas denominadas “Cnidoscolus quercifolius”, vulgarmente conhecidas como “faveleiras”.
O Governo Prudente de Moraes havia prometido casa própria aos soldados retornados da batalha. De volta ao Rio de Janeiro estes, os soldados pediram licença ao Ministério da Guerra para se estabelecerem, com suas famílias, no alto do morro da Providência que passou a ser conhecido como “morro da Favela”. No local construíram precárias casas de madeira, aguardando a casa própria. Daí a origem da palavra “Favela”.
O acontecimento ficou famoso na literatura, filmografia, dramaturgia e até no carnaval. O mais famoso livro é de Euclides da Cunha, Os Sertões e pelo longa-metragem de ficção de Sérgio Rezende, com José Wilker, Cláudia Abreu, Paulo Betti e Marieta Severo, Brasil de 1997.
Selo comemorativo de 27-09-1997 - CENTENÁRIO DO FIM DA GUERRA DOS CANUDOS
rhm:c2045 com Antônio Conselheiro.