IV CENTENÁRIO DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL


IV CENTENÁRIO DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL

Texto de Wladimir Araújo do livro “História Postal dos Selos Comemorativos no Brasil – 1900 a 1942” do saudoso Luiz A. Duff Azevedo.

Capitão-Mor Pedro Álvares Cabral, com apenas 33 ou 34 anos (a data do nascimento é incerta), e sem nunca ter entrado num navio, comandava a maior esquadra até então saída de Portugal, composta de treze embarcações. Ao contrário da maioria de seus precursores e contemporâneos, Cabral teve, no trecho Lisboa – Porto Seguro, uma viagem tranquila de apenas 44 dias. Entre as cerca de 1.500 pessoas que o acompanhavam, algumas eram as mais ilustres do seu tempo em suas áreas de atuação: Duarte Pacheco, o fidalgo e astrônomo autor do “Esmeraldo de Situ Orbis; Bartolomeu Dias, o descobridor do cabo das Tormentas (depois, cabo da Boa Esperança), onde pereceria dias depois, no naufrágio que se seguiu à partida da esquadra a caminho das índias; Nicolau Coelho, companheiro de Vasco da Gama no descobrimento da rota marítima para as mesmas índias; o físico-mor mestre João, autor de uma relação da viagem que ficou célebre; o oficiante da primeira missa no Brasil, frei Henrique Soares de Coimbra, que antes de entrar para a Ordem de São Francisco fora desembargador da Casa de Suplicação e, na volta da viagem, tornou-se confessor do rei, inquisidor e primeiro bispo de Ceuta; Pero Vaz de Caminha, cavaleiro da casa real e mestre da Casa da Moeda do Porto, nomeado escrivão da feitoria de Calicute que, com a sua famosa carta, deixou o mais brilhante texto em prosa da língua portuguesa dos séculos XV e XVI. E também dois degredados largados na praia, um dos quais ficou chorando e, segundo Caminha, foi consolidado pelos índios, e mais dois marinheiros, que fugiram da esquadra e preferiram ficar por aqui.

Selo comemorativos rhm:c0001 a c0004.

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