MARMORIZADOS FALSOS!

MARMORIZADOS FALSOS!

Descobrir selos e peças falsas não é uma tarefa fácil. Recentemente um bom e experiente filatelista nos trouxe um grande conjunto de selos comemorativos em papel marmorizado para que eu certificasse a autenticidade.

Provar que um selo foi manipulado ou falsificado é uma tarefa muito complicada. Você precisa ter uma autorização para submeter à peça (que não é sua) a alguns testes que podem modificar o estado da goma ou até mesmo do selo.

Confesso que quase desisti. Pensei em devolver o conjunto alegando não saber se as peças eram autênticas ou falsas. Para mim elas eram falsas, pois algumas nem estavam no Catálogo de Selos do Brasil-RHM.

Com a expressa autorização do proprietário passei a realizar testes. Imaginando que a simulação do papel marmorizado tinha sido realizada com parafina, fiz um teste de imersão em água fervendo. O resultado foi frustrante. A peça continuava com o aspecto de papel marmorizado.

Pedi ao proprietário um tempo a mais (isso acontece com relativa freqüência) e comecei a experimentar diversas alternativas.

Em certa manhã tive uma idéia e “EURECA” descobri a fórmula para desmascarar os FALSOS MARMORIZADOS. Não foi com simples comparações que consegui a prova.

Consegui provar de verdade. Submeti alguns selos de pouco valor em papel marmorizado autêntico (novos e carimbados) e os supostos falsos. Obtive uma resposta visível de remoção nos selos falsos e finalmente adicionei mais um “SEGREDO” para desmascarar peças filatélicas manipuladas.

A seguir mostro um selo do comemorativo do Natal de 1969 antes e depois do processo. Veja que no canto conseguimos a remoção do aspecto marmorizado.

A variedade está no papel e não na goma. Como apenas o Brasil têm este tipo de variedade (exceto um selo da Bulgária) apenas nós brasileiros estamos aptos a descobrir este tipo de falsificação.

Verso antes e depois do processo-repare no canto inferior a remoção que conseguimos. UM FALSO MARMORIZADO.

Tenha cuidado ao adquirir VARIEDADES do Brasil e solicite sempre um certificado de autenticidade.
Peter Meyer