MORTE DE NAPOLEÃO I
Efemérides dia 05 de maio: 1821 — Napoleão Bonaparte morre no exílio na ilha de Santa Helena no Atlântico Sul.
O ex-imperador Napoleão Bonaparte, Napoleão I, morre aos 52 anos, em 5 de maio de 1821, em sua modesta casa de Longwood, Santa Helena. A ilhota, perdida em meio ao Atlântico Sul, foi para onde Napoleão foi enviado pelos ingleses em 1815, após a derrota de Waterloo.
Segundo o relatório da autópsia publicada pelo governador britânico da ilha, sua morte teria sido provocada por um câncer de estômago. Durante os dois mil dias de exílio, o ex-imperador pôde dar os últimos retoques em sua vida legendária, confiando ao conde Lãs Cases suas memórias, que seriam publicadas no ano seguinte sob o título "O Memorial de Santa Helena".
Napoleão, ex-chefe de Estado e de governo que comandara um império que se estendeu pela Europa, morreu como um prisioneiro britânico. Um dos maiores estrategistas militares da história, ele ascendeu com extrema rapidez os postos da hierarquia militar do Exército Revolucionário da França durante o final dos anos 1790.
Em 1799, a França estava em guerra contra a maior parte dos países da Europa, quando Napoleão retorna de sua vitoriosa campanha do Egito para assumir as rédeas do governo francês e salvar a nação de um iminente colapso. Depois de se tornar o primeiro-cônsul em fevereiro de 1800, reorganizou seus exércitos e derrotou a Áustria.
Curiosidade
Napoleão foi enterrado sem o pênis, amputado horas depois de sua morte. Depois de 170 anos a exótica relíquia apareceu nos Estados Unidos, guardado por John Lattimer, professor de Urologia da Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque.
A amputação teria sido feita pelo médico francês Francesco Antommarchi, despachado para Santa Helena para cuidar da úlcera de estômago que acabou por matar Napoleão. Antommarchi, um anatomista que pouco entendia de doenças, irritou o intempestivo corso, que o recebia a cusparadas e insultos. "Foi a vingança do médico", disse Lattimer.
Embora seja provável, não está provado que tenha sido o médico que fez a autópsia. Na sala estavam presentes 17 testemunhas, sete médicos ingleses, duas criadas de Napoleão, um padre de nome Vignali e ainda um servo árabe de nome Ali.
Em 1840, seu corpo retorna à França onde recebeu as mais significativas homenagens. Hoje repousa no Hotel des Invalides cuja esplendorosa tumba é visitada por milhões de turistas todos os anos.