O QUE VOCÊ FAZ COM OS IMPRESSOS?
Recebemos centenas de impressos a cada ano. Malas diretas, propagandas, informes publicitários.
Olhamos (ou nem isso) e invariavelmente jogamos fora, não é verdade?
Pois bem, no século XIX devia acontecer a mesma coisa. Mesmo que o volume de correspondência fosse muitas vezes menor que durante o século XX, mesmo assim acreditamos que a maioria dos impressos foi parar no lixo.
Este é um dos motivos principais para considerar um impresso, mala direta do Império algo muito especial.
Um dos maiores desafios da filatelia é conseguir um selo (isolado) de cada do Brasil Império sobre envelope.
Algumas peças raramente aparecem e geralmente são os IMPRESSOS.
A tarifa postal para uma carta simples era de 60 réis até 1866 e de 100 réis desta data em diante.
A tarifa para impressos era 10 ou 20 réis (dependendo do peso) para peças circuladas dentro do território nacional e via de regra 50 ou 80 réis para impressos enviados para o exterior.
Encontrar estas peças é de fato um grande desafio e uma boa coleção de selos do Império apresentará sem falta algumas delas.
Veja a seguir alguns exemplos na pré-filatelia brasileira que considero “INCRÍVEIS”.
1- Cinta de impresso com o carimbo do RIO DE JANEIRO.
2- Duas cartas enviadas de Guaratinguetá, com o carimbo correspondente, para duas localidades diferentes. Lendo a parte interna das sobrecartas pré-filatélicas verifica-se que apresentam o mesmo texto. Fazem parte de uma MALA DIRETA. Imagine só como era difícil enviar uma mala direta nesta época?
Eram escritas a bico de pena, uma a uma, endereçadas uma a uma, etc. Um trabalho imenso, atualmente realizado por máquinas e substituído mais recentemente os famigerados “spans”.
A seguir apresentamos alguns exemplos de IMPRESSOS circulados no Império.
Mala direta com par do 10 réis Dom Pedro II, denteado - Ele quer vender chapéus.
Informativo com 10 réis Dom Pedro II, Barba Branca
Impresso para Itália com 80 réis Dom Pedro II, Barba Branca.
Impresso com 10 réis Dom Pedro, Cabeça Grande do Armazem de Roupas por atacado.
Por Peter Meyer