Os selos para a correspondência oficial


  OS SELOS PARA A CORRESPONDÊNCIA OFICIAL Os selos "Oficiais" criados pela lei nº 813 de 1901, posto em uso em 1906, foram suprimidos em 1 de janeiro de 1920. Pela circular 46 de 10 de agosto de 1907 foi autorizada a venda de tais selos aos colecionadores, porquanto, primitivamente, só podiam ser fornecidos, mediante guias, às repartições públicas e serviços equiparados.

Correspondências Oficiais, expedidas pelas autoridades e repartições estaduais e municipais, quando transitavam pelos Correios, ficavam sujeiras às seguintes taxas: Cartas até 25 g ou fração - 100 réis Maços e manuscritos até 50 g ou fração - 50 réis Impressos até 100 g ou fração - 20 réis 

 

E3244-1907-IMPRESSO COM SELO OFICIAL DE 20 RÉIS-RARO
1907-Impresso com marca SP de Serviço Público e selo Oficial de 20 réis, exigido a partir de 1906 por abuso por parte das autoridades de Isenção de porte.

SELOS DAS TRÊS EMISSÕES BRASILEIRAS

 

AFONSO PENA, HERMES DA FONSECA EWENCESLAU BRÁZ

Estavam isentas destas taxas as correspondências endereçadas às autoridades e repartições federais às quais tinham por objeto o serviço eleitoral, o serviço judiciário, criminal ou ex-ofício, os impressos concernentes aos serviços de higiene pública e estatística.

ATUALMENTE: Não temos mais os selos Oficiais.

Eles deveriam voltar a existir por uma razão muito simples. Atualmente os políticos recebem cotas mensais de selos postais dos Correios e por falta de uso estes são vendidos, abaixo do valor facial, ao comércio filatélico. Com a volta dos selos Oficiais isso poderia diminuir ou mesmo não existir, economizando o dinheiro da população. Veja a seguir o texto de Ana Maria Campos, publicado no Correio Braziliense em 13 de janeiro de 2005: Os deputados contam ainda com R$ 1 mil por mês para pagamento de duas contas de celular e R$ 500 para telefone fixo. Eles também podem gastar com despesas referentes a 8 mil selos por trimestre, 10 mil impressos de gráfica por trimestre, 4,6 mil cópias de xerox por mês.

Como temos 511 Deputados Federais, cada um recebendo 8.000 selos a cada 90 dias, surgem 4.088.000 selos disponíveis, o que significa 31 selos por segundo. Com o nascimento do Correio Eletrônico, Telefonia Celular, Fixa etc. estes selos viram dinheiro e inflacionam o mercado filatélico. Empresas adquirem estes selos para baratear suas despesas postais, mesmo que o pessoal fique dia após dia na operação lambe-lambe. O uso e abuso dos benefícios indiretos, pagos por uma população já sobrecarregada de impostos, aparecem até na Filatelia.

Ninguém fica impune, ninguém consegue escapar, mas os selos Oficiais poderiam VOLTAR.

Por Peter Meyer

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